Hoje falaremos de 9 filmes para psicólogos assistirem que serão não só uma excelente experiência de entretenimento, mas uma oportunidade de aprendizado clínico.
A Viver Mais Psicologia está atenta às diversas maneiras de desenvolvimento profissional da carreira de psicólogo, e achamos na 7º arte uma maneira oportuna para isso.
Afinal, como disse Oscar Wilde “a vida imita a arte mais do que a arte imita a vida”.
Nesse sentido, os psicólogos e psicólogas encontrarão nessa lista diversas oportunidades de, proveitosamente, antecipar possíveis casos similares, senão idênticos, que poderão encontrar no dia a dia da clínica.
Por isso, siga nessa jornada conosco e descubra os melhores filmes para psicólogos assistirem!
Filmes para psicólogos assistirem: oportunidades de aprendizado e lazer que valem a pena
Nos 9 filmes para psicólogos assistirem a seguir, você terá mais que um momento relaxante de lazer, mas uma oportunidade de reflexão e aprendizado.
Confira os títulos a seguir e aproveite a 7º arte para se desenvolver como um profissional ainda mais preparado!
A Baleia (2023)
Em ”A Baleia”, acompanhamos a história de Charlie (Brendan Fraser), um professor de inglês recluso, que convive com a solidão e culpas que carrega consigo.
Charlie tenta recuperar sua relação conturbada com a filha, a qual abandonou aos cuidados da mãe quando pequena para viver um novo romance.
Além disso, o filme – ganhador do Oscar de melhor ator, melhor maquiagem e penteados e melhor atriz coadjuvante – traz à tona como a obesidade mórbida pode se desdobrar em consequência de transtornos mentais.
Culpado, e em situação debilitante, Charlie se vê física e psicologicamente à beira do colapso, razão pela qual suas aulas são transmitidas sem a webcam.
O filme é emocionante, e pode servir como um riquíssimo estudo de caso acerca das relações familiares e a interdisciplinaridade dos transtornos mentais e físicos à luz da Psicologia Clínica.
Por isso, ‘’A Baleia’’ sem dúvidas deve estar na sua lista de filmes para psicólogos assistirem.
Anotou? Então vamos à próxima obra!
O lado bom da vida (2013)
Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo o que tinha: casamento, casa, e emprego.
A razão para isso? Desencadeado pela descoberta da traição da sua esposa, Pat experimentou um trauma que culminou na sua internação em um hospital psiquiátrico.
Agora, Pat tenta conviver com seu transtorno enquanto luta para se reinserir na sociedade, com dificuldades.
Entretanto, convidado a um jantar por amigos, Pat encontra Tiffany (Jennifer Lawrence), que sofre com a depressão e o luto pela perda do seu marido falecido.
A relação entre os dois explora a complexidade da mente humana pós-trauma, e a importância do acolhimento e entendimento profundo dos traumas para seu tratamento.
Também é possível observar na trama a importância do ciclo familiar saudável para a melhora dos sintomas, além da humanização dos pacientes.
Esse filme para psicólogos assistirem é um dos mais emocionantes e belos da lista, então não esqueça de anotar!
Divertida-Mente (2015)
Em Divertida-mente, um sucesso da Pixar, acompanhamos Riley, uma garota alegre de 11 anos que enfrenta as mudanças que a vida e a idade impõem sobre si.
Mudando-se de lar e entrando na adolescência, Riley vive a dor de partir da cidade natal para viver em uma nova cidade, em virtude do trabalho dos pais.
Suas emoções são retratadas como funcionários em uma central de controle: Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza intercalam o controle de Riley.
Embora seja uma obra absolutamente prazerosa tanto para adultos quanto para crianças e adolescentes, é importante ressaltar o aspecto científico sobre o qual o filme foi dirigido.
Paul Ekman e Dacher Keltner foram consultores científicos da obra, e foram essenciais para demonstrar na obra a importância das emoções da jovem Riley para a construção da sua personalidade.
De maneira leve e didática, Divertida-mente enfoca seu olhar sobre a importância da vivência das emoções e sua relação com a construção da personalidade, além do desenvolvimento de uma psique saudável e funcional.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2004)
Em o ”Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, acompanhamos a história do jovem casal formado por Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet).
Outrora felizes e realizados, uma série de discussões acabou por dar fim ao relacionamento.
Não fosse o suficiente, Joel descobre algo que o traumatiza severamente.
Após a última briga, Clementine se submeteu a um experimento que alega apagar memórias de maneira seletiva, esperando eliminar as memórias do relacionamento da própria mente.
Tomado pelo desejo de vingança e da tristeza intensa, Joel decide se submeter ao mesmo procedimento, mas o processo acaba tendo resultados inesperados.
A obra apresenta uma performance incrível que instiga a reflexão, demonstrando quão fundamental é o resgate da memória no processo de desenvolvimento psicológico e na jornada do autoconhecimento.
Vale a pena assistir e analisar!
Uma mente brilhante (2002)
O filme ”Uma Mente Brilhante” retrata a história de John Nash (Russell Crowe), o gênio matemático por trás da Teoria dos Jogos, utilizada até hoje por diversos campos do conhecimento.
Entretanto, o gênio e futuro vencedor do Prêmio Nobel de 1994 enfrentaria uma grande batalha interna: a luta contra a esquizofrenia.
Em 1958, o grande matemático começava a apresentar os primeiros sinais de delírio do transtorno esquizofrênico.
Um dos principais episódios de delírio, narrados no livro que baseou o filme, dá-se quando Nash conta a seus colegas de trabalho acerca da existência de um código intergaláctico somente decifrável por ele.
Sua situação se deteriorou, culminando na sua internação um ano depois.
O filme retrata de maneira precisa a luta contra esse transtorno mental, seu processo de aceitação e superação, bem como a humanização do paciente que o porta.
Que horas ela volta? (2015)
“Que Horas Ela Volta?” é um drama brasileiro lançado em 2015, dirigido por Anna Muylaert.
A trama não apenas aborda questões sociais e de classe, mas também oferece um terreno fértil para reflexões psicológicas.
O filme segue a história de Val, uma empregada doméstica interpretada por Regina Casé, que trabalha há anos para uma família rica em São Paulo.
Val é dedicada e leal, aceitando as normas não escritas que permeiam sua relação com seus empregadores, criando o filho do casal, o Fabinho.
No entanto, a chegada de Jéssica, sua filha, que estava morando com parentes em Pernambuco e decide visitar a mãe em São Paulo para fazer o vestibular, traz à tona uma série de reflexões psicológicas.
A presença de Jéssica na casa dos patrões desafia não apenas as normas sociais, mas também coloca em xeque a dinâmica de poder da casa.
Suas ações independentes e sua recusa em aceitar uma posição subalterna desencadeiam uma série de eventos que revelam a complexidade das relações entre empregados e empregadores.
Por isso, em suma, “Que Horas Ela Volta?” oferece uma oportunidade única de explorar temas relacionados à identidade, poder, influência social e dinâmica familiar.
Se Enlouquecer, Não se apaixone (2011)
“Se Enlouquecer, Não se Apaixone” é um filme lançado em 2011, dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck.
Esta comédia dramática retrata a luta contra doenças mentais e as relações humanas que se desenvolvem no ambiente de uma instituição psiquiátrica.
A história segue Craig Gilner (Keir Gilchrist), um adolescente de 16 anos que está enfrentando uma crescente pressão social e acadêmica.
Ele se encontra em um estado de profunda crise mental e decide buscar ajuda em uma ala psiquiátrica de um hospital.
Lá, ele conhece um grupo eclético de pacientes, incluindo Bobby, um cativante paciente interpretado por Zach Galifianakis.
Ao longo do seu processo de tratamento, Craig se encanta por Noelle (Emma Roberts), outra paciente no hospital.
O filme aborda questões sérias, como depressão e ansiedade, de uma maneira sensível e bem-humorada.
Ele ilustra a importância de buscar ajuda profissional para problemas de saúde mental e destaca como o apoio social pode ser fundamental na jornada da recuperação.
Gênio Indomável (1998)
“Gênio Indomável”, lançado em 1998 e dirigido por Gus Van Sant, apresenta uma narrativa que explora temas profundos relacionados à psicologia e ao desenvolvimento pessoal.
A história gira em torno de Will Hunting (Matt Damon), um jovem autodidata que trabalha como zelador no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e possui habilidades matemáticas excepcionais.
Apesar de seu talento fora do comum, Will enfrenta problemas de relacionamento, comportamento autodestrutivo e um histórico de abuso na infância que o levaram a um ciclo de autossabotagem.
Ele é preso por agressão, mas um acordo com as autoridades lhe dá uma segunda chance sob a condição de que ele frequente sessões de terapia com o Dr. Sean Maguire (Robin Williams).
Através das sessões de terapia, Will começa a confrontar seus traumas passados e a trabalhar em direção a uma transformação pessoal significativa.
O filme explora questões profundas de trauma, relacionamentos disfuncionais e o poder da terapia para a cura.
Soul (2020)
“Soul”, lançado em 2020 e produzido pela Pixar Animation Studios, é um filme que mergulha profundamente nas questões da identidade, propósito e significado da vida.
Desse modo, a narrativa se desenvolve em torno de Joe Gardner, um talentoso músico de jazz que, após um acidente quase fatal, encontra sua alma separada de seu corpo e transportada para o “Grande Antes”, um lugar onde as almas se preparam para encarnar na Terra.
Lá, Joe conhece 22, uma alma que relutantemente se recusa a embarcar na jornada terrena.
Juntos, eles embarcam em uma aventura para ajudar Joe a voltar ao seu corpo e encontrar seu caminho de volta para casa.
O filme aborda questões existenciais profundas, como o que significa ter uma vida significativa, o valor da paixão e a busca pelo propósito pessoal.
Ao seguir a jornada de Joe e 22, os espectadores são convidados a refletir sobre suas próprias vidas e o que realmente importa para eles.
A obra traz à tona a importância de encontrar alegria nas pequenas coisas, cultivar relacionamentos significativos e abraçar a jornada da autodescoberta.
Por isso, para psicólogos e terapeutas, “Soul” oferece uma oportunidade única de analisar sob uma óptica criativa tópicos relacionados à crise de identidade, depressão existencial e autodescoberta.
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